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A importante habilidade de imaginar novos mundos

"Worldmaking" e a construção de futuro

Editorial Interposto

"Há um mundo vindo após o nosso", escreve Ismatu Gwendolyn na abertura de seu texto "Não há revolução sem loucura". Nele, a autora discorre sobre como a "razoabilidade" foi usada historicamente por aqueles no poder para selecionar as vozes que teriam o direito de contribuir para a concepção de nossa sociedade. Em contraposição, reivindica a "loucura", definida por esse mesmo grupo, como ingrediente fundamental para a mudança. "Não há futuro que nos pertença, no qual permanecemos sãos", argumenta.

Mark Fischer, em seu livro "Realismo Capitalista", complementa e disseca, ainda que sob perspectiva britânica, o panorama histórico e político de como toda uma geração foi convencida de que não há alternativa ao nosso sistema político e econômico. Em um dos capítulos, conta sob a ótica de quando trabalhou como educador, a ansiedade que a juventude britânica enfrenta com a noção de um mundo sem horizontes de futuro.

O que ambos evidenciam é a necessidade de tomar para nós a proposição do futuro — e é aí que se faz necessária a importante habilidade de imaginar novos mundos.

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